RIOS DE VIDA

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2020

Arqueólogos encontram local de culto da era do Templo de Salomão


Escavações em Motza. (Foto: P. Partouche / SkyView)
Arqueólogos da Universidade de Tel Aviv e da Autoridade de Antiguidades de Israel, dizem que o Templo de Salomão no Monte do Templo em Jerusalém provavelmente não era o único local de culto centralizado na região de Judá.
Para chegar nesta conclusão, eles analisaram um espaço escavado em Tel Motza, local onde em torno dos séculos X a.C. até o início do século VI a.C. existia um enorme complexo de templos da Idade do Ferro.

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Localizado a apenas sete quilômetros a noroeste da antiga cidade de David, em Jerusalém, o espaço foi descoberto pela primeira vez em 2012 e traz uma informação importante: o templo de Motza é contemporâneo ao Primeiro Templo de Jerusalém e usa o mesmo plano arquitetônico.
Ao Times of Israel, Shua Kisilevitz, da Autoridade de Antiguidades de Israel, revelou que o templo secundário teria cerca de dois terços do tamanho do Primeiro Templo e provavelmente foi construído por construtores semelhantes que vieram da região da Síria, conforme descrito na Bíblia.

Estatueta de carneiro encontrada em Tel Motza. (Foto: Yael Yolovitch / Israel Antiquities Authority)
“Você não poderia ter construído um grande templo monumental tão perto de Jerusalém sem que ele fosse sancionado pela sociedade dominante”, afirma Kisilevitz. O fato de o templo de Motza funcionar em paralelo com o local maior de Jerusalém significa que ele estava “provavelmente sob os auspícios de Jerusalém”, acredita.
Pelas pesquisas, em Motza funcionava um centro de adoração paralelo, com uma orientação leste-oeste do templo e um layout que consiste em um pátio e um grande edifício retangular.
Entre os outros restos da atividade de adoração, há uma mesa de oferendas construída em pedra e “um monte de artefatos”, incluindo figuras, estandes de culto e cálices, que teriam sido trazidos pelos penitentes.
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A equipe descobriu restos de ossos e cerâmica em um poço de lixo próximo, algo semelhante ao que era usado pelos judeus, que hoje usam uma geniza para textos sagrados.

Estatueta de um cavalo encontrado em Tel Motza (Foto: Yael Yolovitch / Israel Antiquities Authority)
“Tudo o que você usa no templo, os animais ou os vasos, é imbuído de simbolismo religioso e se torna sagrado por si só quando usado em rituais religiosos. Então eles não podem ser descartados; são depositados no terminal sagrado”, ensina.
Ela sustenta que as estatuetas – ou ídolos – não eram necessariamente adoradas, mas eram mediadoras entre o peticionário e sua divindade ou divindades.
“Temos que pensar sobre as coisas em seus contextos. No antigo Oriente Próximo, os templos eram casas literais dos deuses”, disse ela. Então, junto com as ofertas de comida, bebida e vasos, essas figuras eram “uma maneira de lembrar ao deus que você estava lá e fazer um pedido”.


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