Nesta sexta-feira (17), o governo do Brasil comunicou que oito novos países se juntam como parceiros do Brics, abrangendo Cuba e Bolívia como representantes da América Latina e do Caribe.
A relação ainda lista Belarus, uma ditadura aliada à Rússia,
além de Uganda, Tailândia, Malásia, Uzbequistão e Cazaquistão.
Os países recém-convidados foram chamados durante a cúpula
do ano anterior, realizada em Kazan, na Rússia. O modo de adesão é distinto do
status de membro pleno, que é concedido ao Brasil, à China, à Índia e à Rússia,
os fundadores junto com a África do Sul, que se incorporou ao grupo logo após a
sua criação.
Também têm o status de membros plenos o Egito, o Irã, os
Emirados Árabes Unidos, a Etiópia e a Indonésia, que foi anunciada pelo Brasil
este ano. A Arábia Saudita recebeu um convite, mas ainda não formalizou sua
adesão, mesmo acompanhando as atividades do grupo.
"Os países parceiros são convidados para as cúpulas e
as reuniões dos ministros das Relações Exteriores, podendo participar de outros
fóruns de discussão, após a consulta aos membros e uma decisão por consenso.
Essas nações também têm a possibilidade de apoiar as declarações das cúpulas do
Brics, as notas conjuntas dos ministros das Relações Exteriores e outros
documentos finais," informou o governo brasileiro em um comunicado.
Durante a cúpula de Kazan no ano passado, 12 nações foram
convidadas para essa modalidade de adesão ao Brics. Além daqueles que agora se
juntam e a Indonésia, que foi aceita como membro pleno, Nigéria, Turquia e
Vietnã são os três que ainda não aderiram ao bloco.
O evento teve a recusa do Brasil em aceitar a entrada da
Venezuela, que busca fazer parte da organização. O líder venezuelano, Nicolás
Maduro, frequentemente declara em seus discursos que Caracas é parte do Brics e
participou da cúpula em Kazan. A recusa brasileira se deu por tensões
existentes entre os dois países.
As decisões sobre convites e adesões ao bloco, conforme
enfatizado pelo governo do Brasil, são tomadas por consenso. Enquanto o Brasil
ou qualquer outra nação se opuser à entrada da Venezuela, esse país não será
convidado para aderir ao grupo.
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